E assim caminha a humanidade ao longo de milhares de anos de cultura

E ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE

Ao longo de milhares de anos de cultura e civilização, nos fizemos cultores da filosofia e da arte, da ética e do conhecimento, desbravando pela curiosidade campos do saber que até então estavam velados ao homem.
A escrita nos perpetuou as descobertas, permitindo que o conhecimento atravessasse as eras, chegando às civilizações do porvir distante.
A oralidade transferiu de pai para filhos o saber agrícola, estético, filosófico ou religioso, preservando dentro dos clãs os segredos das gerações anteriores.
Entretanto, não obstante o fabrico de pergaminhos e papiros, livros e enciclopédias diversas, o ser não se furtou às incógnitas do destino que até hoje o inquietam.
A noite do túmulo permanece um desafio que a maioria prefere se esquivar.
As provações que cotidianamente desabam nas vidas ainda são interpretadas como castigo divino, sem lastro na justiça superior.
Doenças e dilacerações que surgem na vilegiatura física são tomadas por muitos como caprichos ou equívocos de Deus em relação a seus filhos na Terra.
Preces permanecem sendo proferidas por muitos devotos como ferramenta de escambo com as coisas divinas, exigindo que seu número executado atenue a justiça do Eterno, esvaziando a expiação.
Crises periódicas são interpretadas como situações anômalas no carreiro da evolução, como se a vida devesse correr sem problemas do berço ao túmulo.
E quando a moradia orgânica apresenta ao seu inquilino o bilhete de despejo, expedido pelo meirinho da morte, o proprietário transitório da casa de ossos se julga vítima de grave injustiça, clamando por mais tempo na moradia em ruínas.
E assim caminha grande parte da humanidade, entre a inconformação e a rebeldia, a insensatez e o desconhecimento dos mecanismos sutis da vida.
Permissionários de religiões que ficaram paralíticas no tempo, desatualizadas com os avanços da filosofia e das ciências, igualmente buscaram estacionar na zona de conforto em que se homiziam, até serem sacudidos pelos tremores da renovação compulsória.
Desalojados das conveniências adquiridas no mundo, são projetados em situações de desconforto e mudanças bruscas, onde se vêem divorciados das facilidades com que marchavam em meio aos esfaimados e trôpegos das estradas da evolução.
Começa a se dar conta que cada um possui sua própria cruz para carregar, e que muitos as tem muito pesadas.
Percebe, algumas vezes tardiamente, que ao lado do riso, muitos choram.
A fartura num lar, contrastando com a miséria, a ocupar a casa vizinha.
Corpos olímpicos, enquanto muitos tentam reabilitar os seus em clínicas de fisioterapia demorada e inexitosa.
Tantos a enxergar, transitando nas mesmas ruas com os invidentes, mergulhados na mais profunda escuridão.
Ouvidos saudáveis que se colocam à disposição da calúnia e da corrupção, olvidando que milhões de surdos gostariam tão somente de ouvir metade da sonata ao luar, de Beethoven.
Quantas vozes emprestadas à difamação ou à vulgaridade verbal, renteando com os atingidos pela afasia.
Cada faculdade do corpo, esteja perfeita ou deficiente, é uma bênção divina.
Cada castelo orgânico é morada de um Espírito imortal, em trânsito pelas experiências evolutivas.
Limites são freios educativos que muitos pediram antes do renascimento, justamente para não incidirem em novos equívocos.
Acidentes e mutilações possuem lições ocultas que, de outra forma, não seriam vistas nem acrisoladas por esta sociedade ansiosa.
Tudo guarda uma razão de ser. Em cada acontecimento aparentemente contrário, o Senhor ministra um aprendizado.
Em te enxergando limitado ou impossibilitado de mais altos voos, bendize tua dor.
Tua cruz são tuas asas de libertação. É ela tua espada ensarilhada, com a lâmina ferina enterrada no chão do mundo, onde te equivocaste um dia, ora em luta para tua própria emancipação dos grilhões.
Educa a tua rebeldia.
Converte teu lamento em prece.
Torna teu murmúrio um cântico de gratidão. E esperando confiante que a “noite escura da alma” seja vencida, espera em Jesus e com Jesus o novo dia, onde toda aflição vira descanso e as traves de tua cruz se convertem em asas, alçando-te aos Campos Elísios de tua redenção.
O maior triunfo não se fará fora. Será dentro da alma.
Marta
Salvador, 23.08.2021
Centro Espírita Caminho da Redenção
Mansão do Caminho
Psicografia de Marcel Cadidé Mariano

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Fontes: Assessorias de Imprensa

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