Na superação de um obstáculo, o homem vislumbra outros desafios à sua frente

A ESTRADA DO APERFEIÇOAMENTO

Na superação de um obstáculo, o Espírito imortal vislumbra outros desafios postos à sua frente
Lamentável equívoco cercam aqueles que asseguram que com a morte cessam os processos de evolução, sendo o extinto conduzido ao nada, ao não existir ou, em outras interpretações, feito prisioneiro de lugares estanques e delimitados pela precária teologia humana como moradas além do túmulo.
Em toda parte a ignorância tem assinalado a compreensão da vida nas suas múltiplas manifestações, jamais sendo encerrada num ângulo pequeno e sempre dilatada ao infinito, ofertando ao viajor das experiências evolutivas um aprendizado que nunca cessa.
O Olimpo dos deuses impassíveis e frios ficou no pretérito distante. O carro de Apolo passou diante de nossos olhos, deixando apenas um rastro de sombras e misérias. Diana, a caçadora, é apenas infantil alegoria da mulher casta, indiferente aos apelos do amor conjugal. Hades, a representar as regiões infernais, é mera alegoria da consciência culpada, que persiste na mente prisioneira dos erros e dos atos infelizes. Júpiter perdeu seu trono, arquitetado pela ilusão dos filhos sonhadores, desejosos de um pai distribuidor de dádivas sem esforços e sem lutas.
Na superação de um obstáculo, o homem vislumbra outros desafios à sua frente
Na superação de um obstáculo, o homem vislumbra outros desafios à sua frente – Foto: Jefferson Severino
A estrada do aperfeiçoamento é sulcada de dificuldades e quedas, lutas e lágrimas, sempre abrindo ao caminhante variadas frentes de batalha para sua própria melhoria.
O erro que ensina.
O acerto que consolida.
A cegueira que convida ao despertamento.
A parceria que estimula a solidariedade.
O trabalho que promove o progresso.
Na superação de um obstáculo, o Espírito imortal vislumbra outros desafios postos à sua frente, o estimulando de maneira contínua ao prosseguimento da jornada, tendo em meta a plenitude.
Berço é apenas entrada no corpo. A morte, simples evasão da matéria em bancarrota, facultando regresso ao verdadeiro lar.
A Terra, escola gigantesca de aperfeiçoamento intelecto-moral.
A família, avançado laboratório de experiências no campo dos sentimentos e das relações interpessoais.
Quedas e ascensão são meros estágios do aprendizado que nunca se detém.
Apesar da imortalidade que lhe é herança divina, o ser ainda não se abriu ao entendimento da vida nas suas múltiplas manifestações, optando pela limitação de entendimento e escravizando-se aos sentidos precários da matéria, na qual se manifesta provisoriamente na armadura carnal.
Tenta possuir o mundo, olvidando o domínio de si mesmo.
Estende sua autoridade sobre terceiros, incapaz do autocontrole.
Tenta, na manipulação de sua empáfia e presunção, furtar da Consciência Cósmica as prerrogativas que são apanágio exclusivo de Deus.
Lastima o que não pode deter, deslembrado de que por mais que possua terá que deixar um dia tudo no solo do mundo, regressando à pátria de origem apenas portando os valores da alma.
Na vida, teme a morte.
Diante da morte, confessa ter medo da vida.
Contudo, de paradoxo em paradoxo, vai marchando, pois que a lei de progresso não se detém jamais para satisfação de egos em burilamento, nem desce de sua funcionalidade para atender as infantilidades típicas do ser que insiste em negar sua realidade transcendente.
Para que despertássemos, veio Jesus há dois mil anos.
Sua doutrina de amor nos impactou.
Seu poder espiritual nos comoveu, nos desconcertou.
Seu sacrifício pelo ideal abraçado nos sensibilizou e alguns esqueceram o mundo e O seguiram.
De simpatizantes, fizeram-se apóstolos.
Diversos percorreram as estradas de Damasco sem O entender. Outros, hipotecaram-Lhe fidelidade num primeiro momento e O abandonaram assim que as lutas recrudesceram.
Muitos negam-Lhe a existência até hoje.
Ele prossegue esperando.
Desvela-Se pelas ovelhas perdidas da casa de Israel. Orienta dois apriscos imensos. Um, constituído dos emboscados na matéria densa, em lutas titânicas contra as imperfeições típicas da natureza ainda materializada.
O outro rebanho são dos desnudos da argamassa corpórea, sedentos de justiça e paz interior, ansiosos por volverem ao útero e no corpo anestesiarem seus conflitos e insânias, buscando reabilitar-se perante as divinas leis.
Ora estamos num grupo, ora estaremos no outro.
A morte, meirinho fiel da vida, todos os dias arrebata milhares para a inadiável viagem. E cada hora, incontáveis descem à arena das lutas materiais, anestesiando as dores da consciência endividada na clausura das cartilagens orgânicas.
Seja o que seja, estamos todos de passagem.
Ninguém ficará para trás nos planos de Deus.
Nenhum ovelha transviada será esquecida pelo bom pastor.
Não te furtes a estas reflexões. Podem, de momento, te parecerem ilusórias ou fantasiosas, mas optar por ser refém da indiferença ou da ilusão é muito pior.
Agarrar-se em desespero ao barco frágil da matéria como refúgio único é ignorar que para produzir vida a semente morre na cova escura, gerando a árvore frondosa de amanhã, e que a ave igualmente destrói a casca do ovo em que foi gerada, singrando mais tarde as vastidões do céu em busca de liberdade.
És temporário prisioneiro do escafandro carnal.
A Terra, polivalente escola de almas.
Lutando e aprendendo, caindo e levantando, abandonarás teu calvário em direção ao infinito, fazendo de tua cruz asas para teu voo em busca da integração no amor de Deus.
Somente N’Ele repousarás por um pouco, retomando o trabalho de melhoria íntima que nunca cessa.
Marta
Psicografia de Marcel Cadidé Mariano
Centro Espírita Caminho da Redenção
Mansão do Caminho
Instituição fundada por Divaldo Franco e Nilson a mais de 75 anos
Marcel também é trabalhador da Federação Espírita da Bahia a mais de 37 anos
17.05.2021

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