O silêncio que favorece o reequilíbrio de uma sociedade

Em uma sociedade tumultuada e sedenta de prazeres, fica cada dia mais raro encontrar um oásis de calmaria onde o ser possa cultivar o silêncio que pacifica.
Comenta-se, e com justificada razão, que atravessamos um período de graves agressões do homem contra o meio ambiente. Mares poluídos por resíduos plásticos, devastando a vida marinha. Rios poluídos por garimpos ilegais e exploração predatória dos peixes. Florestas imensas reduzidas a escombros e carvão por incêndios criminosos, transformadas em pasto para engorda de gado para abatimento.
O oceano de oxigênio que envolve a Terra se encontra contaminado de componentes nocivos à saúde humana, derivados da excessiva queima de combustíveis fósseis, nessa titânica luta do ser por amealhar cada vez mais dinheiro com o petróleo.
Poluição visual pelo excesso de informações ao alcance dos olhos.
Poluição ambiental ante o lançamentos de dejetos industriais no meio ambiente.
Mas um tipo de atividade poluidora se espalha, desumana e cruel, sem que a criatura se dê conta inteiramente, que é a auditiva.
Nunca estivemos numa comunidade tão barulhenta e ruidosa como a contemporânea, assinalada por barulhos de toda espécie. Ambulâncias e viaturas rasgam as ruas com suas sirenes estridentes, abrindo caminho para o socorro tão aguardado.
Milhões de automóveis disputam espaços nas artérias urbanas e a buzina, para muitos condutores estressados, tornou-se instrumento para agredir os tímpanos do motorista à frente.
Equipamentos de som em alto volume nos lares, violentando a audição de crianças e idosos, ambulantes aos gritos tentando vender seus produtos e mesmo no campo religioso identificamos guias que parecem tentar na histeria de chavões teológicos converter as ovelhas já desorientadas por si mesmas.
Fogos de artifício assustam e estressam animais domésticos.
E uma pancadaria social, familiar e urbana parece tomar conta das vidas que nela tentam sobreviver, impedindo o acesso a um oásis de silêncio que favoreça fugidios momentos de oração e meditação.
Fala-se muito em fugir dos grandes centros urbanos para a vida rural, buscando lá o que não se encontra mais na selva de pedra.
A palavra nos foi outorgada por Deus dentro do processo de evolução para que edificássemos a interação uns com os outros, criando pontes de intercâmbio com os afetos. Eis uma sociedade que passou a gritar em vez de falar.
Multiplicamos assustadoramente as fontes de ruído, como a sufocar o silêncio que iria nos favorecer com momentos de autoencontro e iluminação interior.
Nesse particular, Jesus sempre reservava instantes de Sua vida pública para refugiar-se em alguma nesga da natureza selvagem de Seu tempo, ali mergulhando no grande silêncio para escutar a Divina Voz, que vertia abundante pelo canais da natureza em festa.
Pássaros cantavam para Deus. O murmúrio das águas correntes exaltava o Divino Escultor. O vento espalhava as boas novas entre as criaturas sedentas de paz. E à noite, a miríade de estrelas infundia respeito e admiração pela majestade da Criação Excelsa.
Refeito nas Suas energias, volvia o Divino Amigo dos homens ao contato com suas mazelas e dores,
orientando muitas vidas vazias para que buscassem compreender o significado da existência.
Certamente, em algum momento de tua atribulada rotina, desejaste tudo abandonar para gozar de algum silêncio que favorecesse teu reequilíbrio.
Um minuto contigo.
Cinco minutos sem chamadas ao telefone.
Quinze minutos sem acesso ao vício das redes sociais.
Podes tê-los, se o desejares.
Tua vontade é tua ferramenta de disciplina. Teu corpo exige nutrientes todos os dias para se manter ativo, mas a alma que és não pode ficar desnutrida, anoréxica. E o alimento dela é um composto de silêncio e oração.
Surgindo alguma ocasião, sai um pouco desse turbilhão que te oprime e cultiva teus anseios superiores em represamento. Silencia por completo.
Aquieta a ansiedade que te esmaga. Isola-te da barulheira em que se transformou a vida cotidiana.
Cerra as pálpebras, excessivamente violadas por tantos apelos externos.
Mergulha em Deus e deixa-te levar por Ele.
Descobrirás um outro eu que até então estava ignorado, desconhecido, alienado.
Deixando de falar, ouvirás tão somente a sonata da vida, murmurando aos teus tímpanos machucados:
– Ama, perdoa, serve, semeia!
Marta
Psicografia de Marcel Cadidé Mariano
Centro Espírita Caminho da Redenção
Mansão do Caminho
Instituição fundada por Divaldo Franco e Nilson a mais de 75 anos
Marcel também é trabalhador da Federação Espírita da Bahia a mais de 37 anos
Salvador, 03.02.2021

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Fonte: Assessorias de Imprensa

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