Dentre as grandes calamidades dos dias presentes, indiscutivelmente, a segurança faz parte de qualquer roda de conversa.
Existe uma queixa generalizada de que o cidadão vive cercado de perigos, sem que as forças do Estado sejam capazes de anular na sua totalidade.
Fóruns lotados de processos, presídios acima da capacidade de segregação de condenados, inquéritos que se arrastam anos e décadas, sem solução, indenizações tardias e um forte sentimento de impunidade no ar parecem desacreditar o cidadão de uma efetiva proteção de seus direitos básicos.
E numa corrida armamentista jamais vista, o cenário terrestre atual deixa vislumbrar um investimento de recursos colossais na produção de armas de destruição em massa.
Contra quem se arma tanto? Quem são nossos reais ou imaginários inimigos?
Ainda impossibilitada pela atual tecnologia de buscar um outro orbe para segunda casa de moradia no cosmo, a raça humana já se deu conta de que precisa cuidar do planeta em que vive.
Conservação adequada das fontes aquíferas.
Reciclagem do lixo produzido em larga escala.
Diminuição das toxinas lançadas na atmosfera.
Conservação de florestas e mananciais verdes.
Proteção às inúmeras formas de vida, sob pena de igualmente deixar de existir.
A Terra, sob predação incomum na sua história, lança um grito pelos trovões, chora nas chuvas torrenciais, agita-se nos terremotos devastadores e suplica ajuda nas secas inclementes, expedindo ao inquilino pensante bilhetes ligeiros, com os quais expõe suas feridas abertas.
As hemorragias terrestres estão por toda parte, mas a atual e predominante cultura materialista tem vendado os olhos dos gestores do mundo.
Temem perder o poder transitório.
Agarram-se, alucinados, no cetro do fastígio político passageiro, dizimando vidas e esmagando opositores.
A manipulação vergonhosa de informações confunde milhões de indivíduos, impossibilitados de discernir o joio do trigo.
Entretanto, esquecem eles que a passagem pelo corpo precário é fugidio minuto entre o berço e o túmulo.
Olvidam que toda mentira vai cobrar um preço pelo correio da verdade.
Fogem da solidariedade e se homiziam no fingimento e na hipocrisia.
Erguem impérios financeiros que o tempo reduz a pó e miséria.
Fazem a si mesmos faustosos mausoléus e estátuas admiráveis, parecendo ignorar as biografias manchadas de sangue e o julgamento da história.
Tudo isso decorre da falta de objetivos existenciais, ausência de Deus no coração e do cultivo da humildade.
Tomados de empáfia, tripudiam do tempo e se julgam invulneráveis nos tecidos orgânicos, que sucumbem ao desgaste dos anos.
Não são maus. São servos da tolice e assalariados da ilusão.
Homens e mulheres no corpo, se comportam mentalmente como crianças birrentas.
A ausência do cultivo da meditação na transitoriedade das formas físicas e o desconhecimento da própria imortalidade responde pelos descalabros desses dias tormentosos que estamos todos a experimentar.
Somente uma fé raciocinada, uma ponte segura entre o pensamento religioso e a tecnologia poderá nos assegurar a travessia segura pelo oceano convulsionado pelas paixões asselvajadas.
Em meio a tantos contrastes, ressurge a figura de Jesus nas tragédias do cotidiano.
Calmaria na ansiedade galopante.
Coragem na superação de desafios. Paciência nos tormentos do medo e do pânico.
Silêncio operante no turbilhão da gritaria ensurdecedora reinante.
Cultivo da prece no lugar da inconformação e da rebeldia de espírito.
Onde estão situados teus interesses mais profundos nesses cenários de inquietação e desassossego?
Te sentes parte do problema ou ferramenta da solução?
Chamado por Jesus ao concurso fraterno nessa ou naquela circunstância, onde o incêndio lavrava nos corações e mentes, que jogastes às chamas devoradoras: água ou gasolina?
Amigo e amiga da senda comum, estamos todos no mesmo barco! Nos auxiliemos mutuamente.
De nossa parceria, sob às vistas de Jesus, renascerá a esperança de um novo tempo, sob as bênçãos de Deus.
Marta e Mário Caúla Bandeira Centro Espírita Caminho da Redenção Mansão do Caminho 02.09.2024 Psicografia de Marcel Cadidé Mariano