Num dia, prestígio e calçada da fama. No outro, escândalo e prisão!
Todas as vidas humanas estão fadadas a um objetivo superior, que é evoluir.
Nenhum Espírito mergulha na neblina carnal por capricho da natureza ou por decretos lavrados pelo acaso.
Rumamos para uma meta traçada por leis sábias e justas, atravessando inumeráveis experiências físicas, buscando a emancipação dos grilhões que nos retém à retaguarda, ainda maculada pelo primarismo das paixões. E nesta ascese, elegemos mitos e paradigmas que nos estimulam ao progresso incessante.
Contudo, nem sempre nossos vultos de destaque se caracterizam pela honradez de atitudes ou pela conduta ilibada.
Em tempos de grandes mudanças sociais, como os que estamos atravessando, os modelos nascem aos primeiros clarões do sol e fenecem no crepúsculo de fogo, que denuncia o ocaso do dia, o que traduz a fugacidade do brilho destes ídolos nas mentes que os elegeram por paradigmas.
São vultos construídos pela mídia devoradora, nem sempre suportando o assédio contagioso dos fãs alucinados e, não raro, sucumbem ao império da drogadição e dos escândalos, deixando um imenso rastro de decepção e desencanto na massa de adoradores inconscientes.
Outros mais subiram os escorregadios pedestais do destaque político, sem o cimento ético que os escorasse contra as tentações do poder e do mando transitório, ora derrapando nas ocorrências lamentáveis da corrupção e do tráfico de influência, desencantando milhões de admiradores.
Mais alguns buscaram seguidores nos arraiais dos templos religiosos, subindo na tribuna dos discursos comovedores, ocultando dos seguidores os lamentáveis desvios de conduta, a caracterizarem suas vidas vazias.
Mais alguns se fizeram ídolos no esporte ou nas artes, arrebanhando incontáveis admiradores, mas não conseguiram superar a própria pequenez moral, se permitindo aos desvios sexuais ou adesão aos graves delitos no campo da honra ultrajada.
E quando tais acontecimentos se dão, os seguidores destes ídolos de barro percebem quão frágil eram seus “deuses de argila”.
Ascensão fulminante, queda espetacular.
Subida meteórica e ofuscamento relâmpago.
Num dia, prestígio e calçada da fama. No outro, escândalo e prisão nos grilhões dos vícios ou nos crimes vergonhosos.
Muitas mentes juvenis, por ausência de bons exemplos dentro das quatro paredes do lar, tem buscado nos palcos e principalmente nas redes sociais paradigmas com que possam construir a própria identidade, se auto-afirmando no mundo, em sintonia psíquica com outros igualmente fragilizados na edificação da personalidade que lhes é própria. Se estes escorregam nas trilhas da excessiva popularidade, os súditos mergulham no desencanto e na frustração, que podem levá-los a imensos disparates de natureza emocional.
Um largo espectro dos suicídios atuais tem aí sua gênese, por falta de consistência moral e robustez dos ídolos que não conseguem manter por muito tempo uma conduta compatível com a dignidade que deles se espera.
A postura paradigmática é desafiadora e difícil, onde raros conseguem se manter íntegros, numa sociedade onde os apelos aos desvios éticos são constantes e tentadores, fazendo o ídolo perder o rumo e a direção.
A história está repleta dos que foram ovacionados pela massa e sucumbiram, devorados pela empáfia e hipocrisia, asfixiante máscara afivelada ao rosto para ocultar os lepromas morais da conduta equivocada. E nas praças abarrotadas de admiradores, a imensa desorientação, quais ovelhas perdidas, sem a segurança de um pastor.
Ante a volúpia desses dias de ansiedade e inquietação nas almas, reflete um pouco quem elegeste por teu padrão moral. Examina a existência dos que subiram no pedestal da fama e de lá despencaram num piscar de olhos.
Anseias por prestígio?
Sonhas igualmente em ser aplaudido pela multidão em delírio?
Te enxergas num palco dourado, cercado de serviçais e prepostos, buscando eles te satisfazer os mínimos desejos, quais bajuladores atentos aos próprios interesses?
Desperta o quanto antes de teu delírio. Acorda deste teu pesadelo. Dissipa esta nuvem sombria que te empana a clara visão da vida.
O maior homem do mundo se fez servo de todos. Não buscou palcos do precário fastígio terrestre. Não aliciou seguidores em torno de ilusórios poderes ou riquezas materiais passageiras.
Exaltou os lírios do campo, elevou a dracma modesta e sublimou a semente insignificante de mostarda.
Seu palco foram as popas de rudes barcos de pesca ou escarpas rochosas, de onde explanou o Sermão das Bem Aventuranças.
Seu berço foi um cocho de animais e seu trono foi numa cruz.
Hoje é o maior ídolo da Terra, não pelo que teve, mas pelo que foi e fez no terreno sensível das almas, apontando ao Seu aprisco a estrada estreita, assinalada por lutas e dificuldades, onde cada um se despojará das ilusões do mundo para ascender ao Seu reino de ventura e esperanças, na conquista definitiva da verdadeira liberdade e da alegria sem fim.
Marta
Psicografia de Marcel Cadidé Mariano
Centro Espírita Caminho da Redenção
Mansão do Caminho
Instituição fundada por Divaldo Franco e Nilson a mais de 75 anos
Marcel também é trabalhador da Federação Espírita da Bahia a mais de 37 anos
Salvador – 19/05/2021

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