Em primeiro lugar não é a vontade do governador que deve prevalecer, mas sim dos seus eleitores, inclusive do trade de turismo que representa nada menos do que 13% do PIB catarinense
O governador deixou claro desde o início que não aceitaria indicações de pessoas ligadas ao MDB e PSDB. Cabe então tomar conhecimento que o turismo não tem partido político. Na realidade é a Secretaria de Turismo que sempre foi comandada por indicação política e na falta de um político era indicado quem de fato entendia do assunto, no caso, Valdir Valendowsky, que a mais de uma década, sem partido algum, mas com conhecimento, bagagem e escola, comandava não só a SANTUR mas também a Secretaria de Turismo. Fato de desconhecimento público e que acredito do governador.
O Conselho Catarinense de Turismo, acatando o desejo do governador, que no meu entender não deveria se curvar ao seus desejos, já que ele não tem qualquer afinidade com o turismo (tanto que acabou com a Secretaria de Turismo) indicou Tiago Savi, Vini de Luca (Florianópolis) e Margot Rosenbrock, (Convention Bureau – Balneário de Camboriú).
Provavelmente nem o Conselho de Turismo e nem o Governador eleito sabiam que a esquerda ainda domina o meio acadêmico, meio artístico, meio cultural, movimentos sociais a grande parte do meio político. A influência deles é tão grande, que o Tiago (anti-Bolsonaro) acabou sendo o escolhido e logo em seguida renunciou). Jair Bolsonaro, presidente eleito, inclusive com meu voto, quis extinguir o Ministério do Turismo, mas ouvindo o Trade Nacional, voltou atrás em sua decisão, indicando todavia um político do seu partido, o mais votado em seu estado, e não um técnico que repete o discurso do ex-ministro Vinícius Lummertz. Em Santa Catarina o governador eleito sequer voltou atrás e infelizmente perdemos a nossa Secretaria de Turismo.
Segundo Osmar de Souza Nunes Filho, o competente Mazoca, ex-Secretário de Turismo da Prefeitura de Balneário Camboriú: “Vejo com preocupação os vários setores de turismo e serviços não estarem reivindicando pessoas com conhecimento de mercado para Presidente da SANTUR. À SANTUR muito bem comandada até agora e sempre conectada com os governadores eleitos, terá um papel fundamental como uma Secretaria de Turismo. Muito parecido com o que ocorreu há 30 anos. Na ocasião o presidente e diretor de marketing eram pessoas que trabalhavam diariamente com turismo. Adolfo Ern na área de relações com agências, Wilson Macedo do ramo púbico e hoteleiro. O Adolfo era tão competente no que fazia que chegou a realizar o Congresso da ABAV em Blumenau. Ainda tinha o caríssimo Zico, de Timbó, que tinha conhecimento de Brasil em inúmeros seguimentos comerciais”.
“O turismo não pode perder tempo e atividade comercial que é grande gerador de emprego. Sem falar na posição que estamos hoje. Um trabalho extremamente profissional e sem partidarismo vem sendo realizado até hoje por Valdir Valendowsky e sua equipe, que é respaldado pelo trade catarinense, nacional e internacional. Onde está Conselho Estadual de Turismo? As Secretárias municipais? Fecomercio? ABAV? Federação de Turismo de SC? A hora é agora”!
Nós comemoramos a vitória do então governador eleito, que foi gigantesca, uma vez que não queríamos mais a politicagem, os jogos de interesses, o toma-la-dá-cá costumeiros que a anos assolam o nosso estado. Governador, não perca a noção da realidade e ouça o trade de turismo em sua totalidade. Vossa Excelência pode grifar seu nome na história de Santa Catarina. Faça a diferença e honre seus eleitores. O Turismo não pode morrer na praia.