A criação deste Santuário seria uma forma alternativa à liberação da caça, insistentemente defendida por países baleeiros e liderados pelo Japão.
O Instituto Baleia Franca acompanha ativamente toda discussão promovida durante a reunião da CIB em Florianópolis. A criação de um santuário para baleias no Atlântico Sul, pretendida por Argentina, Uruguai, África do Sul, Brasil e Gabão, foi negada durante o encontro dos países membros da “Convenção Internacional para a Regulamentação da Pesca da Baleia (CIB)”.
A proposta mais uma vez foi barrada em um acordo claro com países que sofrem pressão econômica Japonesa. Como contrapartida e contrariando interesses de Japão, Noruega e Islândia, foi mantida pela CIB a moratória da caça comercial às baleias em vigor desde 1986.
Outro ponto polêmico diz respeito a manutenção da “matança científica” de milhares de animais de forma cruel e disfarçada, quando todos sabemos que a carne destas baleias acabará na mesa de milhares de pessoas.
O texto produzido na carta de Florianópolis defende a ampla preservação das baleias, por exemplo estimulando o turismo de observação desses animais, porém, na contramão desta mesma carta, posições antagônicas como a abstenção do Brasil em seu voto, e a proibição do whalewatching embarcado em Santa Catarina na APA da Baleia Franca há seis anos, com sérios prejuízos para toda região e sem fundamentação científica é um claro sinal de desorganização do país em suas metas.