SOCIEDADE HUMANA E SUAS MÁSCARAS
Sob incoercível tensão vive a atual sociedade humana.
Exigências as mais variadas tem sido móvel de inúmeros distúrbios e transtornos do humor e da afetividade, produzindo uma legião de incontáveis portadores de problemáticas na área dos relacionamentos interpessoais.
De um século e meio para cá a ciência médica deu um salto quântico em suas análises sobre o carro orgânico, investigando a fundo a mitose e a reprodução na intimidade feminina, descortinando aspectos jamais vistos sobre o surgimento de novos seres.
A obstetrícia e a ginecologia, desde as notáveis contribuições de Ignaz Semmelweis, médico húngaro, que na primeira metade do século XIX humanizou os partos no hospital das clínicas de Viena, diminuindo consideravelmente as mortes das parturientes pela febre puerperal, colaborou muito para que se entendesse o milagre da vida, desde a concepção por dois gametas até o momento culminante do ingresso do ser na neblina carnal para o desiderato palingenésico da evolução.
Do seu nascimento até a extinção do tônus físico, sobrevindo a libertação dos liames corporais, as tensões o acometem em qualquer quadra da vida, umas suportáveis e outras devastadoras da homeostasia do ser, o empurrando para estados de paroxismos e alienação.
A depressão, conhecida desde a antiguidade como melancolia e na Idade média como acídia ou acédia somente seria melhor estudada no século retrasado, quando o psiquiatra alemão Emil Kraepelin publicaria estudos mais aprofundados sobre a questão, ampliando os horizontes de uma problemática hoje pandêmica.
E as tensões ganharam mais voltagem com o tecnológico século XX, onde as buscas por conforto, máquinas inteligentes, a corrida espacial e as atualíssimas redes sociais estão a manter os seres sob incessante estado tensional.
A inquietação de se fazer presente em mais de um lugar ao mesmo tempo.
A sede abrasadora de notoriedade e fama, nem que seja por 15 segundos.
A exibição e ostentação de um estilo de vida diferente dos demais, onde o tipo “pavão” se destaque em meio ao galinheiro comum.
E as vítimas das atuais tensões emocionais vão tombando quais pedras de dominó, umas após as outras, incapacitadas do autodomínio.
Amarguras não solucionadas. Sede de afeto. Carência de amigos. Posses externas, vazio por dentro.
Muito brilho externo e escuridão na alma.
Mesmo com os avanços das ciências da psique, tentando equacionar esse complexo ser que tenta ganhar o mundo, perdendo as rédeas de si.
Mesmo constatando que inúmeros fármacos, de valiosa contribuição no restabelecimento da normalidade da usina mental, repondo neurotransmissores importantes como a dopamina, a serotonina e a oxitocina, ainda não se logrou ofertar a paz tão desejada, a distensão e a serenidade que o tumultuado tempo vivido tem imposto ao inquilino passageiro do estojo carnal.
O Excelso Psicoterapeuta já houvera nos alertado sobre o efeito das paixões, nos ofertando a Sua paz, que somente Ele a tem para dar.
Recomendou que não acumulássemos coisas, porque somente uma é necessária: a paz interior, advinda da consciência tranquila.
Reflete sobre tuas tensões e quanto elas tem espancado teu somático.
Analisa tuas reais necessidades e quais são tuas buscas existenciais.
Sopesa se está valendo a pena tanta tensão, em luta titânica por tudo aquilo que vai ficar.
Qual a vantagem de consumires tanto fosfato pela posse devoradora, se amar custa tão pouco?
Busca, ainda hoje, a libertação gradual de teus estados de tensão contínua, pois que uma fiação tão frágil, excessivamente submetida a altas cargas, acaba por se partir, gerando blecaute nas províncias da alma, que pede apenas luz de amor para seguir seu rumo em direção à plenitude.
Refém do passado, és um depressivo. Angustiado pelo amanhã, és um ansioso.
Vive o hoje e o mais entrega a Deus.
Marta
Salvador, 26.01.2022
Centro Espírita Caminho da Redenção
Mansão do Caminho
Psicografia de Marcel Cadidé Mariano
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