A mostra ocorre durante a 6º Convenção Internacional de Tatuagem Itinerante, no Kartódromo Internacional do Parque Beto Carreiro World

Mitologia, pesquisa e arte. Nos dias 7, 8 e 9 de setembro, o artista Maurício Huber expõe 10 obras sobre Lendas e Mitos Orientais na Tatuagem, em Penha, Santa Catarina. A mostra ocorre das 9h às 22h, durante a 6º Convenção Internacional de Tatuagem Itinerante, no Kartódromo Internacional do Parque Beto Carreiro World. O valor da entrada do evento é R$ 15 ou R$ 10 (e mais um quilo de alimento não perecível). “A exposição é composta por obras com cerca de 85cm x 65cm, produzidas com a utilização de nanquim e acrílica líquida sobre papel. A exposição é inspirada na cultura oriental, ícones da tatuagem e gravuras clássicas. Cada tela é acompanhada por um breve texto que conta a história do mito ou lenda representado na obra”, explica a produtora executiva da mostra, Natália Curioletti.

Segunda Natália, a proposta chama atenção para a compreensão e a valorização do tatuador como um artista produtor de pensamento e pesquisa estética: “A exposição também pretende ser uma reflexão sobre arte corporal contemporânea e suas raízes culturais e mitológicas”, diz. Nessa exposição, o artista foi inspirado pelas gravuras orientais, que retratam lendas do cotidiano dos antigos povos orientais e que têm relevância na sociedade contemporânea, devido ao seu caráter mitológico. A ideia surgiu da necessidade do artista em estudar mais profundamente as lendas e mitos, retratados nas gravuras dos antigos povos orientais e que aparecem também nos corpos tatuados. “Durante esse processo, observei também que muitas pessoas desconhecem os significados e a força que estes ícones carregam”, diz Maurício Huber. “As obras transportam os nomes das lendas, mitos ou personagens, como, por exemplo, ‘Kiyohime’, que conta a história de uma donzela do período do Japão feudal que foi consumida pela raiva de um amor não correspondido, e que a transformou em um terrível monstro com uma vontade enorme de vingança”, complementa Huber.

O artista, que trabalha com nanquim e acrílica líquida sobre papel, leva em média 40 horas de trabalho para pintar cada tela: “Sem contar o tempo de estudo anterior ao início da pintura, até chegar ao esboço final de cada releitura que faço sobre esses ícones”, comenta. “O público é convidado a mergulhar nesse universo e a refletir que assim como uma pintura, feita em papel ou tela, os corpos tatuados também podem ser compreendidos como suportes de arte”, acrescenta Natália. A exposição é uma realização da Old Friends Art Studio, e conta com o apoio da Cromo Fine Art Prints e da Nane Pereira Comunicação e Arte. Acompanhe as notícias e as novidades do artista pelo www.instagram.com/mauricio_ huber
