O Século XX deixa marcas profundas na atual sociedade

O Século XX deixa marcas profundas na atual sociedade

O século XX, tão vivamente rotulado de século das luzes e da tecnologia, foi profundamente marcado pelos imensos contrastes e tragédias, deixando marcas profundas na atual sociedade.
Duas grandes guerras, com saldo alarmante de vítimas. Uso de artefatos nucleares, em todos fazendo nascer o medo de uma hecatombe apocalíptica de consequências irreversíveis.
Epidemias e pandemias várias, com milhões de óbitos, seguidas de notáveis avanços científicos na área médica, na melhoria sanitária e na qualidade de vida, o que fez nascer uma sociedade terrestre mais longeva.
Os ganhos foram e são indiscutíveis, não obstante o aparecimento de distúrbios múltiplos do humor e da afetividade, a afetar multidões incalculáveis, que ora buscam terapias diversas para administrar o caos emocional que as invade e as deprime nas atividades do cotidiano.
Ao lado da ciência médica, que tenta ofertar qualidade de vida ao Espírito ergastulado no escafandro carnal, as ciências da psique tiveram notável desenvolvimento de técnicas e abordagens em torno das síndromes e das inúmeras inquietações da alma vivente nestes dias tumultuados que atravessamos.
Milhões de deprimidos, escravos de medicação para controle dos seus efeitos no humor e na afetividade.
Outros milhões vitimados pelas síndromes do pânico ou pelos transtornos obsessivo-compulsivos, reclamando ajuda e acompanhamento adequado para o ajuste à dinâmica familiar e social.
Medo e solidão em vastas proporções, ansiedade crescente ante as incertezas do emprego e da segurança pessoal, solidão devastadora mesmo naqueles que estão mergulhados na multidão caótica e aflita de nossos dias contemporâneos, ao lado de outros distúrbios que vitimizam muitos.
Não obstante o surgimento de inúmeras religiões, herdeiras de antigas ramas de fé, especialmente na árvore vasta do pensamento cristão, segue a multidão desorientada e perdida, quais ovelhas sem pastor, à mercê de lobos rapaces e oportunistas, atentos aos próprios interesses.
O egoísmo estiola e espanca a solidariedade de alguns, assinalando esta sociedade pelo comportamento materialista e individualista, frustrando tantos séculos de conquistas religiosas no terreno da parceria e ajuda mútua.
Sem dúvidas, um século findo de contrastes e um novo período de incertezas, atualmente reflexo de uma sociedade assaltada pelo medo ante uma pandemia de proporção mundial, sem previsão na ciência terrestre para seu epílogo.
Quanta falta faz Jesus no coração da criatura humana! A lucidez de Sua doutrina e a confiança em Deus parecem estar solapadas nos modernos cristãos que, sem Cristo nas atitudes e na consciência, marcham rotulados por fora e descomprometidos por dentro.
Filiados a este ou aquele apêndice da verdejante árvore cristã, comungam em seus templos escassos momentos de cânticos e sermões vazios, olvidando que além das suntuosas paredes de pedra mutilados da alma gemem e choram, estorcegando nos catres infectos da miséria mais abjeta e dolorida, a suplicar por migalhas com que possam sobreviver na sociedade que os esqueceu. Tornaram-se invisíveis sociais que programas governamentais amparam de maneira pálida e tristonha, sem lhes promover a dignidade aviltada.
Quando Jesus penetra o coração de um homem ou de uma mulher o torna comprometido com as mudanças sociais, a começar na intimidade do lar, onde se faz amigo e parceiro de filhos e cônjuge, lhes ofertando suporte moral e emocional para uma vida rica de valores da alma. Além das paredes do imóvel que ocupa, o torna responsável moralmente por uma sociedade que claudica na ética e na solidariedade, ignorando os apátridas, os pobres de espírito, como bem os definiu Jesus.
Roma distribuía pão e circo aos seus miseráveis. Atualmente somente o circo parece estar erguido, ofertando os deprimentes espetáculos da hediondez e da ganância, onde poucos acumulam o muito e as massas incontáveis jazem empobrecidas de condições mínimas para amparo da vida, que mendiga o pão de cada dia.
A mensagem cristã veio ao mundo para tornar o homem responsável por si e por seu semelhante, lhe produzindo no interior irreversíveis mudanças de comportamento, adotando a prática da caridade moral e material nos seus mais amplos limites, pois que a ninguém será ético comer o pão que pode ser dividido por dois.
Há uma fome de pábulo espiritual crescente na sociedade robotizada e tecnológica, e somente a mensagem de Jesus, vivida e sentida, poderá reverter esse quadro doentio e doloroso à nossa frente, abrindo campo para instalação das balizas do reino de Deus no coração sofrido da criatura humana.
Até que isso ocorra, seremos uma sociedade culta e esclarecida, mas não civilizada.
Marta
Psicografia de Marcel Cadidé Mariano
Centro Espírita Caminho da Redenção
Mansão do Caminho
Instituição fundada por Divaldo Franco e Nilson a mais de 75 anos
Marcel também é trabalhador da Federação Espírita da Bahia a mais de 37 anos
Salvador, 24.07.2020

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