Os paradoxos do dito ser humano nos dias atuais

OS PARADOXOS DO DITO SER HUMANO NOS DIAS ATUAIS

Marta
Desde eras priscas, o espaço sempre fascinou o homem, que a ele prestou tributo de admiração e espanto.
Desenhos nas paredes de cavernas, afrescos em igrejas e monumentos religiosos, a retratarem o céu salpicado de estrelas, evidenciaram, dentre outros, o enorme interesse do ser humano por esta chamada última fronteira.
Já tendo suficiente conhecimento do planeta que lhe serve de morada, faltava dilatar os olhos em direção ao infinito e buscar localizar civilizações alienígenas e com elas manter algum tipo de contato inteligente.
Nos últimos setenta anos o salto de investigação, investimento e descobertas foi colossal, atestando o arrojo e a determinação da criatura humana em responder talvez uma das suas maiores indagações: estaremos sozinhos no universo imenso ou existirão outras civilizações além da nossa?
Até a presente data, não obstante os avançados engenhos não tripulados, nenhuma forma de vida, mesmo primitiva, foi localizada, prosseguindo as buscas de maneira intensa por diversos países.
Inegável reconhecer que a curiosidade tem motivado o homem a investigar o ambiente onde viveu e até hoje existe enquanto ser pensante, o emulando a colecionar conhecimento e construir o saber histórico, que cada vez mais se avoluma, ofertando admirável campo de estudos para inúmeras áreas da pesquisa científica.
Filosofia, teologia, ciência e tecnologia foram intensamente beneficiadas com esta sede de saber que abrasa o ser, faminto de descobrir por que está aqui, como aqui chegou e de que forma vai sair do plano onde moureja.
Bibliotecas e academias, laboratórios e centros de pesquisa ofertam atestado vivo destas buscas sôfregas por respostas às interrogações filosóficas de todos os tempos.
Ao lado desta vertiginosa corrida espacial, as ciências da psique também se desenvolveram, facultando melhor compreensão da dinâmica humana em torno da vida, suas ocorrências traumáticas, os estímulos internos e externos que levam o ser a agir desta ou daquela forma e os conflitos que se ocultam na intimidade profunda do ser, qual espaço nunca antes investigado e ainda desconhecido do seu próprio portador.
Ficou evidente que foi mais prático investigar o universo além de nossa atmosfera do que os espaços internos do ser, a reclamarem atenção e zelo para que nos equacionemos enquanto criaturas inteligentes, possuidoras de sensibilidade e razão.
Planetas descobertos e enigmas desvendados pela astronomia não elucidaram porque ainda nos comprazemos na guerra de extermínio uns contra os outros por bagatelas.
Pouso em outros solos alienígenas não decifraram qual o interesse de muitos em pisotear as terras sensíveis de outrem, nelas semeando a dor e a amargura.
Observações com sofisticados e ultra sensíveis telescópios em  órbita terrestre, focando galáxias a bilhões de anos luz da Terra não conseguiram traduzir porque nos demoramos na bisbilhotagem da vida alheia, na curiosidade doentia em torno de outras vidas, esquecidos da nossa e na incessante emissão de julgamentos arbitrários em derredor de condutas externas, desaplicando a severidade para conosco mesmo.
Desconhecido para consigo, marcha sobre o solo do planeta edificando maravilhas da arquitetura e da estatuária, da pintura e da poesia, descendo aos abismos oceânicos e devassando seus segredos abissais, mas ainda muito pouco comprometido em investigar-se demoradamente no auto conhecer-se.
Quando tenta, o faz de maneira superficial e foge logo em seguida para os penduricalhos tecnológicos que elaborou para permanecer distraído da maturidade que tarda e da responsabilidade que o convoca incessantemente à assunção dos próprios atos.
Paradoxais são estes dias que atravessamos todos nós. Luzes externas em abundância. Crises intimas devastadoras em milhões.
Ciência por toda parte. Pobreza moral vergonhosa.
Safras colossais arrancadas do solo a cada ano, matando a fome de bilhões e a alguns milhares enriquecendo de maneira absurda. E ao lado destas admiráveis conquistas da inteligência e do saber acadêmico, os andrajosos morais, os pigmeus do sentimento, os amargurados, depressivos, sedentos de afeto e carentes de toda ordem.
Para alguns poucos, o planeta tornou-se um canteiro de obras em tributo a ciência e a tecnologia, mas arrastam-se nas ruas e calçadas incontáveis fileiras de vitimados de pesadelos e vícios, sentenciados pela tristeza e algemados a dores ocultas que os olhos não veem.
Valiosa é a fulguração da mente que, audaciosa, explora as fronteiras além da morada planetária que presentemente nos acolhe, mas fundamental se torna desenvolver um olhar mais sensível pelos mutilados morais, claudicantes do viver e feridos dos sentimentos.
Convivem conosco no dia a dia, exibem esgares em lugar de sorrisos e raramente fitam o céu, quase sempre curvados no solo do mundo pelas próprias tragédias que os consome sem trégua.
Para estes filhos do calvário foi que Ele veio ao mundo.
Não portou ciência nem discutiu filosofia grega. Lecionou esperança e otimismo. Fez de inesquecíveis parábolas ferramentas de convocação ao bom ânimo e a mudança de  paradigmas.
Silenciou quando podia e falou quando devia, fazendo do Seu verbo fonte de fé e coragem para desesperados e vencidos nas lutas do mundo.
Traído e negado, retornou do sepulcro vazio após a crucificação afrontosa para lecionar imortalidade, apontando aos desvalidos de todos os tempos as trilhas da vida eterna, a serem construídas no espaço íntimo de cada um, sulcando as áridas terras humanas e volitando gradativamente para os espaços infinitos da plenitude que ansiamos conquistar.
Valiosa é toda investigação externa, credora de respeito e acatamento, mas se faz impostergável que auscultemos as paisagens da alma que somos, nela acendendo claridades imortalistas, a desfazerem as sombras teimosas do desconhecimento de si mesmo.
Sem isto, domaremos a fúria dos elementos atômicos e pousaremos em outros planetas, mas seremos sempre reféns de nossa pobreza ética, nos apequenando nas lutas evolutivas que nos competem a cada dia.
Com Ele, devassarás teu mundo interior, descobrindo-te por inteiro e avançando na conquista da felicidade tão sonhada.
Marta
Psicografia de Marcel Cadidé Mariano
Centro Espírita Caminho da Redenção
Mansão do Caminho
Instituição fundada por Divaldo Franco e Nilson a mais de 75 anos
Marcel também é trabalhador da Federação Espírita da Bahia a mais de 37 anos
Juazeiro, 28.08.2020

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