Agora pouco ouvi no carro a música “Boomerang Blues”, de autoria do cantor e compositor Renato Russo, ex-vocalista da Legião Urbana. Só podia ser dele mesmo. Uma visão sempre realista de tudo o que acontecia ao seu redor.
“Tudo o que você faz
Um dia volta pra você .
E se você fizer o mal
Com o mal mais tarde você vai ter de viver…” Ouça aqui:https://www.youtube.com/watch?time_continue=5&v=PpuooTNUYVQ
Nada mais lógico, mais real do que teremos pela nossa frente e, tudo aquilo que nos surgir a partir de agora. Houve o tempo da semeadura e agora é o tempo da colheita.
Por que estou dizendo isso. 2018 vem como como um boomerang, um ano regido pelo Orixá Xangô (para os católicos – São Gerônimo). Um Orixá justo e imparcial, e será impiedoso com aqueles que promoveram e promovem a injustiça. Já estamos vendo grandes batalhas em todos os cantos, começando com a nossa injusta política e insaciáveis políticos. Veremos quedas estrondosas, muita água, mobilizações e reestruturação social e política.
Portando aquele que costuma plantar o bem colherá coisas maravilhosas em 2018. Todavia a justiça poderá ser cruel com quem tem abusado, pra quem literalmente pisou na bola, pra quem não foi grato. Para os mentirosos, trapaceiros, ladrões e todos aqueles que querem tirar vantagens dos outros o ano não será muito bom.
Como a música, 2018 será um ano em que a famosa lei do retorno estará em evidência. As pessoas que emanam boas energias vão viver um período muito bom, colhendo aquilo que enviou ao Universo.
Xangô não vem sozinho, o grande Guardião Planetário e Regente Universal vem com Iansã (Santa Bárbara), Senhora dos ventos e tempestades), Obá e Exu. Não será um ano fácil. A nós encarnados, a doutrina dos espíritos nos assevera que é o momento de “Orar e Vigiar”. Mais vigiar do que orar.
Um ano bom aos justos, um ano onde máscaras cairão, a verdade aparecerá, doa a quem doer, um ano marcado por escândalos, porém é preciso entendermos que é preciso “Destruir o Campo para uma nova plantação”. A Palavra do Ano será “Justiça”. As pessoas estão mais suscetíveis a conservadorismos e diplomacias. Teremos um ano muito importante para o nosso ciclo espiritual.
Acredito que todos já estamos ouvindo, sentindo isso na própria pele. Portanto, se você prometeu, cumpra, se você se comprometeu, cumpra. Se você magoou, peça desculpas e corrija os erros se foi magoado, perdoe, esqueça.
Não raro, costumamos achar que vimos sendo tratados injustamente ou de forma desagradável pelas pessoas que nos rodeiam. É como se estivéssemos recebendo muito menos do que verdadeiramente queremos ou pensamos que merecemos. Assim, passamos a colocar a culpa do que nos ocorre tão somente nas pessoas e no mundo lá fora, o que nos impede de nos enxergarmos como sujeitos de nossas histórias, uma vez que, nessa ótica, seríamos meros joguetes nas mãos dos outros.
E, assim, vamos passando os dias lamentando as supostas injustiças que nos vão sendo impostas, recheando nossas amarguras com os tratamentos que julgamos descabidos por parte das pessoas que convivem conosco, sentindo-nos mal amados, mal interpretados, mal vistos e desvalorizados. Afinal, ninguém parece nos entender ou perceber os potenciais que possuímos, como se estivéssemos sendo subutilizados em todos os setores de nossas vidas.
Por essa razão é que jamais poderemos fugir ao enfrentamento de nós mesmos, analisando racionalmente o que estamos oferecendo, como estamos nos comportando, enxergando a nós mesmos, na forma como estamos tratando as pessoas, nas palavras que usamos, no tom de voz que colocamos, no olhar que dirigimos ao mundo lá fora. Muitas vezes, apenas estamos recebendo de volta exatamente o que oferecemos, nada mais nem menos do que isso.
É preciso, portanto, que nos permitamos o compartilhamento transparente de nossas verdades, para que elas nos tragam o retorno afetivo que nos enriquecerá a vida onde e com quem estivermos. Porque merecemos, sempre, o que oferecemos.
Só não podemos perguntar o por que disso ou aquilo estar acontecendo com a gente, apenas relembremos da música: “Tudo o que você faz, um dia volta pra você”.