Expiações Coletivas – O que nos ensinam os Espiritos?
Mais uma vez tomo por base o pedido de ajuda e publicações do Médico Sem Fronteiras.
-“Durante o último final de semana, notícias dramáticas chegaram, uma após a outra. Como você provavelmente já leu ou ouviu na mídia, o Talibã chegou ao poder mais uma vez no Afeganistão em meio a ondas de violência, enquanto o Haiti foi devastado por um terremoto de magnitude 7,2, que causou mortes e destruição. São tempos difíceis. A situação é desesperadora nos dois países. AJUDE JÁ! FAÇA UMA DOAÇÃO.
No Afeganistão, a crise humanitária é muito grave. A violência é um medo constante. Faltam itens de primeira necessidade, medicamentos, salas de cirurgia e também segurança para que o acesso a tratamentos e à assistência de saúde seja possível. Médicos Sem Fronteiras (MSF) continua realizando atividades médicas em todos os nossos cinco projetos no país, em Herat, Kandahar, Khost, Kunduz e Lashkar Gah. Nossas equipes estão trabalhando 24 horas por dia, incansavelmente. Apenas no último sábado (14/08), atendemos 600 pessoas e ajudamos 45 mulheres a trazer suas crianças ao mundo no pronto-socorro do hospital de Boost, em Lashkar Gah.
No Haiti, que já vem enfrentando uma crise alarmante — agravada pelo assassinato do presidente do país, em julho —, a situação é dramática. O forte terremoto danificou as já precárias instalações de saúde, estradas e edifícios. Até o momento, pelo menos 2.000 pessoas morreram e 10.000 ficaram feridas, segundo autoridades haitianas. MSF agiu imediatamente para atender às necessidades mais urgentes da população: tratar os feridos, apoiar os hospitais locais, oferecer auxílio aos desalojados, providenciar remédios e estoques de sangue para transfusões. No momento, planejamos enviar ao país novas equipes e suprimentos médicos.
Estamos no Afeganistão, no Haiti e em outras emergências ao redor do mundo. Nunca paramos e não faremos isso agora. Continuaremos levando assistência humanitária e cuidados de saúde onde eles forem mais urgentes. Juntos, ainda podemos fazer muito.ma publicação de Médicos Sem Fronteiras (MSF), em seu Editorial de maio de 2019, intitulado Informação…”
Um acontecimento que atinge, com grande frequência, o nosso mundo, é a migração coletiva de segmentos da população de diferentes países provocada por questões ligadas a divergências político-religiosas. As crises migratórias têm sido frequentes nos últimos anos, atingindo, em maior ou menor intensidade, todos os continentes do nosso planeta. Um dos aspectos mais comoventes revelados pela imprensa internacional é aquele enfrentado por milhares de pessoas que entram em uma embarcação insegura para tentar a travessia do Mediterrâneo, submetendo-se à fome e às condições climáticas, quando não são interceptadas por autoridades policiais ou surpreendidas pelo naufrágio.
Nos campos de refugiados e deslocados de toda ordem, a superlotação e as condições precárias são fatores de origem e agravamento de doenças que podem atingir também a população de países hospedeiros.
Os acontecimentos até aqui resumidamente relatados levam-nos, naturalmente, a uma indagação: o que nos ensina a Doutrina Espírita sobre as provações ou expiações coletivas? Segundo Emmanuel:
Vive-se agora, na Terra, um crepúsculo, ao qual sucederá profunda noite; e ao século XX [e XXI] compete a missão do desfecho desses acontecimentos espantosos (2).
Desde essa época, em que a mensagem evangélica dilatava a esfera da liberdade humana […], estacionou o homem espiritual em seus surtos de progresso, impossibilitado de acompanhar o homem físico na sua marcha pela estrada do conhecimento.
É por esse motivo que […] vemos o conceito de civilização insultado por todas as doutrinas de isolamento, enquanto os povos se preparam para o extermínio e para a destruição. […] A realidade é que a civilização ocidental não chegou a se cristianizar. […].
Mas é chegado o tempo de um reajustamento de todos os valores humanos. […] a espiritualidade tem de penetrar as realizações do homem físico, conduzindo-as para o bem de toda a Humanidade.
O Espiritismo, na sua missão de Consolador, é o amparo do mundo neste século de declives de sua história; só ele pode, na sua feição de Cristianismo Redivivo, salvar as religiões que se apagam entre os choques da força e da ambição, do egoísmo e do domínio, apontando ao homem seus verdadeiros caminhos. […].
[…] A vitória da força é uma claridade de fogos de artifício.
Toda a realidade é a do Espírito e toda a paz é a do entendimento do reino de Deus e a sua justiça.
O século que passa efetuará a divisão das ovelhas do imenso rebanho. O cajado do pastor conduzirá o sofrimento na tarefa penosa da escolha e a dor se incumbirá do trabalho que os homens não aceitaram por amor (3).
Ainda como colaboração para a resposta à indagação formulada no início deste artigo sobre a justificativa apresentada pela Doutrina Espírita, tomamos a liberdade de sintetizar as considerações apresentadas pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda,(4) por meio da mediunidade de Divaldo Pereira Franco:
Estamos no limiar da grande transição em que o nosso planeta passará da condição de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração. Isso já constava no planejamento celestial há muito tempo e não se dará, obviamente num passe de mágica, pois trata-se de um processo de transformação lento e gradual, porém, impostergável.
As tragédias naturais fazem parte desse processo, pois têm o objetivo de fazer a Humanidade progredir mais depressa.
As mensagens encaminhadas pelos Espíritos Superiores são suficientemente claras para que nos preocupemos com a realidade espiritual da vida em detrimento das preocupações ilusórias e rotineiras com que nos ocupamos, em geral, com larga prioridade, durante os caminhos a percorrer nos acontecimentos rotineiros da reencarnação.
Grande parte dos acontecimentos, individuais ou coletivos, que nos roubam a atenção durante as oportunidades vividas nas encarnações, impede-nos de interpretar os fatos dentro da realidade espiritual, direcionando nosso potencial de trabalho e de luta para objetivos coerentes com as limitações do processo evolutivo.
Coerentes com as interpretações limitadas ao nosso progresso individual, necessitamos raciocinar diante dos processos gerais, tais como aqueles das expiações coletivas. Essa é uma indiscutível necessidade para concebermos a Justiça Divina, bem como a própria paz na esfera individual, tais como entendemos que devam existir em nosso planeta.
Portanto, se puder, ajude onde quer que esteja. Se puder ORE, onde quer que esteja. Indignar-se, revoltar-se… apenas, nada resolve.
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Fontes: Assessorias de Imprensa
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