OSTRAS DE FLORIANÓPOLIS EM DESTAQUE
Que a ostra de Floripa é a melhor do Brasil e uma das melhores do mundo todos nós sabemos. Os melhores restaurantes do país, principalmente no eixo Rio/São Paulo tem justamente às ostras da Ilha da Magia. São colhidas no amanhecer do dia e no almoço já estão sendo servidas nas grandes capitais. São milhões de dúzias produzidas mensalmente. O mesmo processo que era feito por todos os produtores hoje é segmentado. Cada um, podemos dizer assim, cuida de uma etapa e todos ganham. Antes concorrentes, agora parceiros.
Agora, após trabalho realizado em parceria com o Sebrae/SC, a FEAQ (Federação de Empresas de Aquicultura), com o apoio do Sebrae/SC e da Prefeitura Municipal de Florianópolis, entrega no dia 12 de dezembro, o documento oficial de solicitação do selo registro de Indicação Geográfica (IG) Ostras de Floripa ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O reconhecimento é fornecido a produtos que apresentam qualidade única e características do seu local de origem, agregando valor, vendendo mais, atraindo turistas e aumentando as exportações. O evento será às 17h, na Fazenda Marinha Paraíso das Ostras, Caieira da Barra do Sul.
Sem dúvidas, a criação do documento só foi possível a partir da união de diversas instituições, cada uma com sua expertise, para apresentar um estudo completo, contemplando todas as áreas necessárias para prestar assistência ao requerimento. A iniciativa envolve produtores dos municípios de Governador Celso Ramos, Biguaçu, São José, Palhoça e Florianópolis, inseridos nas baías Norte e Sul, cujo ambiente conta com as características que determinam as particularidades da região para a conquista do selo, principalmente o crescimento acelerado do molusco quando comparado a outras regiões do mundo.
Segundo os “fazendeiros”, é um momento muito importante para nós, porque garante reconhecimento nacional e internacional ao produto, fortalecendo toda a cadeia produtiva de Santa Catarina e incentivando os produtores locais. Com este requerimento, buscamos fortalecer o nome das Ostras de Floripa, o turismo e a gastronomia local e controlar a qualidade e origem do produto, reforçando a qualidade única da produção de Floripa, reconhecida pelo gosto acentuado, frescor e sabor intenso. A ostra é um dos principais elementos que formam uma cesta de produtos e serviços de qualidade e origem da região, fundamentais para um turismo inovador, inclusivo e diversificado.
Para se ter uma pequena ideia, atualmente, a região da Grande Florianópolis é responsável por 90% do abastecimento do mercado de ostras no Brasil. As ostras são das espécies Crassostrea gigas e Crassostrea gasar, comercializadas vivas e desconchadas. Um levantamento realizado pelo Sebrae indicou que para 44,7% da população da região, as ostras são o principal produto da pesca ou da maricultura, e que a sua importância para o desenvolvimento na área econômica da região representa 84%.
“Hoje, nosso estado soma sete selos de IG, o dos Vinhos e Espumantes de Uva Goethe – dos Vales da Uva Goethe, a Banana da Região de Corupá, Queijo Artesanal Serrano – dos Campos de Cima da Serra, Mel de Melato de Bracatinga do Planalto Sul Brasileiro, a Maçã Fuji da Região de São Joaquim, os Vinhos de Altitude de Santa Catarina e a Erva-mate do Planalto Norte Catarinense. O reconhecimento das Ostras de Floripa é mais um passo que promoverá efeitos multiplicadores, como novos negócios, novos produtos, pesquisa e extensão e desenvolvimento territorial. Além disso, promove uma gastronomia qualificada na região, com a realização de rotas gastronômicas, e eventos como a Fenaostra, fortalecendo a identidade do produto”, afirma Roberto Tavares, Gerente Regional do Sebrae/SC na Grande Florianópolis.
Cabe ainda ressaltar, que a Capital dos Catarinenses é conhecida por suas praias deslumbrantes que atraem turistas do mundo todo. Além disso, a cultura local, com influências açorianas, se reflete na arquitetura, culinária e festivais da região. Quanto às ostras, elas são uma iguaria local e as fazendas de cultivo começam a despertar a curiosidade dos turistas e interessados na experiência de degustação e conhecimento sobre seu cultivo. Um trabalho árduo que demanda 24 horas de cuidados desde a semente do molusco até o produto final. É um trabalho completamente artesanal e merece, sem sombra de dúvidas, todo o reconhecimento, não só das autoridades, mas de todos aqueles que degustam o produto final. Pode até parecer facil, mas só parece. Isse tipo de turismo imersivo é fantástico e nos mostra a realidade e trabalho árduo dessa fantástica indústria artesanal.
São parceiros da iniciativa o Sebrae/SC, UFSC, IFSC, AMASI, FEAQ, COOPEROSTRA; Prefeitura Municipal de Palhoça, São José, Governador Celso Ramos, Biguaçu e Florianópolis, CIDASC, MAPA, SENAC, GT-Unesco Gastronomia, ABRASEL, AMASI (Associação dos Maricultores do Sul da Ilha) e FEAq (Federação de Empresas de Aquicultura), além da Secretaria Estadual de Aquicultura e Pesca, e a Secretaria Estadual de Agricultura. Confira todas as fotos AQUI.
Sem dúvidas, a maricultura é uma atividade rentável, auto sustentável. Além disso, a atividade é vista como uma alternativa sustentável à pesca predatória, que ameaça as espécies e os ecossistemas marinhos. A maricultura gera trabalho, empregos para as comunidades costeiras, rendas, além de fornecer alimentos e outros insumos para as indústrias farmacêutica e de cosméticos. Hoje, cerca de 5.000 pessoas vivem da maricultura no Ribeirão da Ilha. A atividade ocupa quase 100 hectares das águas calmas e rasas das baías do contorno Sul da Ilha de Santa Catarina, a parte insular de Florianópolis. A atividade no Ribeirão da Ilha começou no início dos anos 90, levada por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do governo do Estado como alternativa de renda aos pescadores -muitos ainda trocavam entre si produtos agrícolas, ao estilo dos primeiros colonizadores.
As características de Florianópolis são boas para o molusco. A França é grande produtora, domina as tecnologias, ensina o mundo. Mas, suas águas são seis metros mais fundas do que as ideais e pobres em nutrientes. Florianópolis tem águas rasas, de até um metro e meio, nutridas por correntes que trazem alimentos dos rios e da chuva da vizinha Serra do Mar, no continente. Assim, a ostra catarinense engorda em seis meses o que a francesa leva até três anos.
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Fotos: Divulgação / Jefferson Severino / Assessorias de Imprensa / Arquivos Pessoais – Fontes: Assessorias de Imprensa
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