Relacionamentos tóxicos – Como estamos nos comportando ?
Marta
Em meio aos novos hábitos e condicionamentos criados pelas redes sociais, fala-se muito em relacionamentos tóxicos, que poderíamos traduzir como sendo a convivência com pessoas ou grupos que inoculam a violência, a agressividade ou se valem da força para imposição de suas ideologias arbitrárias.
Dessas pessoas tóxicas deve-se manter distância e, se com elas existe algum intercâmbio, cortar essa comunicação o quanto antes, preservando a própria paz.
Indiscutível reconhecer que receber de outrem a sua pior parte, quando anuímos com ela uma convivência que nos afigurava promissora e rica de valores, se constitui numa grande decepção, tisnando a vida de tremenda incerteza.
De grande parte o erro é nosso porque sempre esperamos reciprocidade, todavia, ninguém pode dar aquilo que não tem.
A verdadeira face de alguém com quem pretendemos construir a felicidade conjugal, na maioria das vezes, somente se revela na convivência entre quatro paredes. Enquanto perdura o namoro e os encontros floridos, ocultamos quem somos e o outro quem realmente é.
Como as máscaras das aparências e da ocultação da realidade não podem ser mantidas indefinidamente, quando na intimidade no lar e dos primeiros conflitos, surge a premente necessidade de deixar o baile de máscaras e apresentar-se ao outro como realmente se é.
Atingido em certos interesses, reage de maneira grosseira.
Contrariado, torna-se tóxico.
Traído, lava a honra ultrajada em sangue, de que o noticiário macabro do cotidiano dá notícias quase que diariamente.
Daí advém as uniões infelizes, construtoras de almas que se traumatizaram nos relacionamentos conturbados, geradores de pessoas solitárias e de convivência difícil. Amarguradas pelo que fizeram a outrem, gerando consciência de culpa, ou machucadas pelo que passaram em aflitivos conúbios, de rescaldo amargo, se fecham para novas experiências afetivas, sempre receosas de encontrar ou reencontrar pessoas tóxicas.
Em verdade, sob um olhar da psicologia transpessoal, somos todos portadores de sombra e luz, onde o ego ainda predomina nas ações e decisões infelizes. Imaturo e inseguro, tem receio de ser dominado pelo outro, e por isso levanta muros de proteção contra a própria fragilidade.
Desconhecedor do mundo interior, se agarra ao transitório, ao passageiro, sendo vítima das próprias ilusões, sempre a sonhar com o mundo ideal, longe do real.
Idealiza a parceira como uma deusa grega, ignorando ser ela um Espírito em burilamento, lutando contra as próprias imperfeições. E quando esta se equivoca ou não lhe corresponde aos anseios, tranca-se na frustração, alegando estar consorciado com a toxidade em pessoa.
Por sua vez, muitas vezes observando apenas o estojo bem trabalhado nos bíceps, a mulher idealiza o príncipe encantado, ignorando o sapo oculto, portador de baba pegajosa e nauseante.
Incompreensivo aos ideais femininos, torna-se parceiro frio e distante dos sentimentos da parceira, que mergulha na solidão devastadora.
E em muitas outras situações temos convívio com as “pessoas tóxicas”, ocorrendo que não podemos, igualmente, nos evadir da autoanálise, verificando se somos indivíduos palatáveis ou intragáveis.
Como nos comportamos em nossos relacionamentos?
Como tratamos, entre as quatro paredes do lar, os próprios familiares?
Que tipo de amigo e colega de trabalho somos na arena de serviço que nos garante a subsistência?
Como agimos no templo religioso que frequentamos costumeiramente?
Que tipo de vibrações espalhamos nas redes sociais quando delas nos valemos para postar algo a nosso respeito, nem sempre refletindo quem somos na essência?
Se tiveres a coragem da autoanálise sem fugas psicológicas, avalia como tens espalhado digitais no mundo virtual que ora te cerca. Examina a qualidade de teus relacionamentos interpessoais. Verifica, com honestidade, se te aproximas de alguém com bons propósitos ou apenas com interesses fugazes.
Em uma época de tantos relacionamentos líquidos, no dizer de Bauman, se a bênção do Evangelho, à semelhança de um raio de luz, já te penetrou a casa íntima por uma telha quebrada, te compete, por dever ético, alijar do vaso emocional a toxidade residual, situando em seu lugar o perfume de nardo, que evola da mensagem de Jesus.
Somos flores no jardim de Deus.
Permanecer espinho é escolha pessoal.
Marta
Salvador 29/11/2021
Centro Espírita Caminho da Redenção
Mansão do Caminho
Psicografria de Marcel Cadidé Mariano
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Fontes: Assessorias de Imprensa
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