Infelizmente é pouco, muito pouco, quase nada, mas é o que se tem. Falta muito ainda para o turismo ser prioridade no Brasil. E de programa em programa, ou de “puxadinho em puxadinho” a Embratur, Ministério do Turismo e o Sebrae “lançaram”, em Brasília, o Programa Investe Turismo, iniciativa que tem como objetivo central a convergência de ações e investimentos para promover o desenvolvimento, gerar empregos e aumentar a qualidade e a competitividade de 30 Rotas Turísticas estratégicas do Brasil. O investimento inicial do programa, que abrange destinos das cinco regiões brasileiras, é de R$ 200 milhões. A primeira fase do programa abrange 158 municípios das cinco regiões do país. Divida o valor por 158 municípios; como trazer competitividade às rotas turísticas consideradas estratégicas? Com que que esses órgãos pretendem que os municípios façam parte de um pacote de ações de investimentos, incentivos ao empreendedorismo, acesso ao crédito, marketing e qualificação profissional? Não tem como !!!
Segundo eles, às rotas serão organizadas em quatro linhas de atuação: 1) fortalecimento da governança; 2) melhoria dos serviços e atrativos turísticos; 3) atração de investimentos e apoio ao acesso a linhas de crédito e fontes de financiamento 4) marketing turístico e apoio à comercialização. A ampliação da competitividade “poderá ” acontecer por maio de parcerias entre o setor Público e privado. O presidente da República, Jair Bolsonaro, acredita no crescimento do turismo que terá contribuição decisiva na retomada econômica. Turismo na veia, como política de estado. No Sul do país, 35 municípios terão quatro rotas: Porto Alegre e Serra Gaúcha (RS), Porto Alegre e Missões (RS), Corredor do Iguaçu (PR), e Serra-Mar Catarinense (SC).
Para você entender porque é quase nada esse valor, “apenas” US$ 3 bilhões estão sendo investidos pela iniciativa privada e o governo argentino em turismo e outros US$ 2 bilhões, principalmente de fora. O Turismo representa 1,3 milhão de postos de trabalho na Argentina e mais 300 mil serão criados com esses investimentos. A Argentina espera receber em 2020 9 milhões de turistas. Entendeu o que é acreditar e investir em turismo?
TURISMO EM MARCHA RÉ
Além do acima, fica complicado ainda mais quando o senado, que não atende o eleitorado, mas sim seus próprios bolsos, tanto que Senado retirou pontos benéficos à hotelaria da Lei Geral do Turismo. Só poderia ser o tal do Randolfe Rodrigues (Rede), atual redator da lei na casa da mãe joana, que retirou do relatório duas pautas importantes para o setor: quantidade mínima de quartos adaptados para deficientes e pagamento ao Ecad por direitos autorais. Representantes da hotelaria brasileira vêm, desde o começo do ano, trabalhando com o governo federal para atualizar a Lei Geral do Turismo. Em conversa com a Frente Parlamentar do Turismo da nova gestão, várias solicitações foram feitas. Das sugestões apresentadas, o deputado Paulo Azi, redator do PL na Câmara, incluiu três no relatório. O documento acabou apresentado e aprovado pelos deputados federais.
As mudanças incluídas foram: alterações nas exigências relevantes à hospedagem de menores de idade quando acompanhados de apenas um dos pais ou um responsável; adequação dos hotéis à lei de inclusão, alterando o número mínimo de quartos completamente adaptados para deficientes físicos de 10% para 3%, incluindo o requisito de que 4,5% das habitações tenham adaptações razoáveis; e a não exigência da cobrança de direitos autorais (Ecad) pela difusão de obras musicais dentro dos apartamentos dos hotéis. Seguindo para o Senado, os dois últimos pontos foram retirados, voltando à legislação atual. Porém, em entrevista à Rádio Senado, no último dia 28, o dito sabe coisa nenhuma, Randolfe, afirmou que a isenção de pagamento de direitos autorais “pode contribuir para a superação da atual crise enfrentada pelo setor turístico brasileiro”. Alguém já verificou/fiscalizou o ECAD e a sua caixa preta? Quem está sendo beneficiado de fato?
GASTRONOMIA E ENOLOGIA CATARINENSE EM PAUTA NACIONAL
2019-06-01