No fundo da caixinha a esperança, a última que fica
A CAIXA DE PANDORA
Marta
Nos alfarrábios da velha mitologia grega, consta que Epimeteu, irmão de Prometeu, ambos titãs, eram muito próximos, tendo o segundo modelado o primeiro homem, se valendo da argila molhada.
Vagava este ser pelo mundo na absoluta solidão, quando Júpiter encarregou Vulcano de criar uma segunda criatura, que fizesse companhia ao homem no mundo. Ao lado de Minerva, o hábil artesão esculpiu uma mulher, a quem deu o nome de Pandora. Portadora de cativantes olhos azuis, fascinou de imediato o Supremo Júpiter quando foi a ele apresentado a soberba criatura.
Chamando-a a um canto do salão real, Júpiter entregou-lhe uma caixa, lindamente decorada por fora, recomendando que levasse o presente ao mundo dos mortais, mas nunca abrisse o invólucro em tempo algum.
No fundo da caixinha a esperança, a última que fica
No fundo da caixinha a esperança, a última que fica
Desceu Pandora aos cenários terrestres, mas possuída de curiosidade doentia, relutou muito em não devassar o curioso objeto, até o dia em que teve um sonho de rara beleza e, ao despertar, descerrou a tampa miúda e de dentro da caixa saíram os males, os vícios e todo um cortejo de infortúnios que passaram a fazer parte da natureza humana.
No fundo da caixinha, ficou um rosto, que interrogado pela desavisada criatura, respondeu chamar-se Esperança, a última que fica.
Tomando de empréstimo o curioso relato de natureza mitológica, indiscutível constatar que no presente cenário da vida humana apresentam-se muitos males, ocorrências malsãs, infortúnios diversos, pragas.
Dia após dia homens e mulheres se vêem a braços com catástrofes, mazelas, ocorrências contrárias aos sonhos e os pesadelos se sucedem, num contínuo de maus augúrios. Do berço ao túmulo tem o ser que lutar continuamente contra as ocorrências contrárias aos desejos, como se fossem fantasmas conspirando contra a felicidade.
No fundo da caixinha a esperança, a última que fica
No fundo da caixinha a esperança, a última que fica
Quando tudo parece perdido, se valem da última mensageira, resguardada na embalagem confiada a Pandora: a esperança!
E tudo se renova, ao preço de trabalho e dedicação, planejamento e investimento de energias, na forja do tempo.
O solo presenteia o ser com a fartura de grãos, reclamando semeadura bem feita. A casa se ergue, protetora, edificada desde a planta até o último tijolo. O automóvel desliza no asfalto, encurtando distâncias, exigindo cuidados na sua condução.
O remédio socorre o doente, desde que tomado corretamente, o algodão faz-se roupa, desde que fiado por máquinas apropriadas. O navio gigantesco é lançado ao mar para transportes de cargas ou de pessoas, mas começa num rascunho e tem sua maternidade num estaleiro, cercado de operários atentos e engenheiros navais dedicados.
O próprio homem, senhor dos seus males, é igualmente artífice das alternativas que o livram dos infortúnios periódicos da existência.
Ninguém ao abandono. Pessoa alguma refém solitário da maldade e das circunstâncias aziagas. Em toda parte há estímulos ao trabalho, convite à operosidade, ao destravar da inteligência. O sadio é chamado a amparar o enfermo, o vidente enxerga algo para o cego, quem fala diz alguma coisa em favor dos mudos.
Toda a mensagem de Jesus, preservada nas entranhas do cristianismo, propõe a solidariedade e a fraternidade, o compartilhamento e o cultivo da amizade sincera. O Senhor da vinha, em pessoa, desceu ao mundo, vestindo a nossa carne enfermiça e se fez semelhante a cada um de nós, portando uma caixinha, onde jazia a esperança, que Ele descerrou no mundo para nos acudir quando estivéssemos sob superlativas agonias.
Sua doutrina é toda tecida no fio do amor de Deus, na certeza de nossa imortalidade e na continuidade da vida após o túmulo. Sua cruz se assemelha a uma espada ensarilhada, com a lâmina enterrada no chão de nossas inquietações. Em vez de sacrifícios, Ele tem pedido tão somente misericórdia.
Se ainda carregamos nas mãos o estigma de Pandora, esse problema é todo nosso.
Permanecer nas sombras da amargura ou avançar para a luz é decisão pessoal.
Curiosa como a personagem criada por Vulcano, ouso perguntar sem querer ofender:
E aí, já tens uma decisão tomada?
Marta
Salvador, 04.03.2024
Centro Espírita Caminho da Redenção
Mansão do Caminho
Psicografia de Marcel Cadidé Mariano
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